segunda-feira, 27 de julho de 2009

Cusco novamente..

Cheguei em Cusco sentando em uma privada. Sim meus amigos, a diarréia estava muito pesada.
Passei o sábado todo mau no Hostal de cama por causa da diarréia, nao tive nem a oportunidade de dar uma volta.
No domingo contratamos o passeio do Vale Sagrado novamente.
Quanto ao Vale Sagrado vou poupar palavras e sim algumas recomendacoes.
Recomendacoes:
-Independentemente, conheca o Vale Sagrado antes de conhecer Machu Picchu.
-Esteja com uma paciencia bem apurada.
Contras:
O vale sagrado é um saco, tipo um saco mesmo... muito chato, muito transito, muita poluicao, muito turista, muita loja. Mais fila que banco.

Eu com certeza nao recomendo o Vale Sagrado.

A trilha de Salkantay

Muitas pessoas nao sabem, mas Machu Picchu nao está localizado exatamente na cidade de Cusco e sim na cidade de Aguas Calientes. Para chegar a Machu Picchu há várias formas, uma delas é a trilha de Salkantay.

Salkantay é uma montanha nevada de +- 6300m acima do nível do mar que provem água a Cusco.
Vou contar agora sobre a trilha.1º Dia - O comeco da trilha - 19km.
Acordamos as 4:30 da manha para pegar o bus até um vilarejo que nao me recordo o nome, lá conhecemos nosso guia Edwin e nossos companheiros de trilha, Mikel da Espanha, Edgar, Christovam, Roberto Carlos e o outro que nao me lembro o nome que sao os chilenos, Bruna, Eric, Vivian, e os outros dois que também que nao me lembro do nome que sao os brasileiros e eu e a Laura.A bagagem máxima permitida era 5kg por pessoa.Comecamos a trilha após o desayuno, estavamos a 3000m acima do nível do mar, teríamos que chegar a 3800m no mesmo dia. A caminhada do primeiro dia nao foi tao difícil, o que dificulta é ter o ritmo, mas quando esquenta os joelhos comeca a melhorar. O primeiro dia é praticamente subida mas muitas vezes leve.Quase no final do dia, encontramos a montanha nevada de Huamantay, imagem fantástica para um brasileiro que nunca viu neve, todas as montanhas sao gigantescas nessa regiao, nesse dia mudamos de uma vegetacao meio arida para uma vegetacao nevada, dormimos em acampamento, a noite chegou a -10ºC, recomendo um saco de dormir -15ºC, eu consegui dormir muito bem, mesmo com CHUVA!!!.

2º Dia - A montanha Salkantay
Acordamos as 5:30 com nosso cozinheiro oferecendo um Mate de Coca em nossa barraca. Assim que saio da barraca uma vista impressionante para a montanha Huamantay, toda branca com os picos amarelados pelo sol e um frio do caramba. Tomamos nosso desayuno e recomecamos nossa caminhada.O segundo dia é considerado o dia mais difícil pois estamos no acampamento denominado Soraypampa que esta a 3850m acima do mar e vamos até El Paso Salkantay a 4650m, tudo isso antes do almoco.Comecamos nossa caminhada, aonde em apenas 1 hora podemos descobrir o porque do nome da trilha de Salkantay. A montanha é gigantesca, um nevado completo, sem dúvida uma maravilha natural, até agora a maior e a mais bela montanha que vi. Para chegar a passagem da montanha, precisamos passar por um 'zigue-zague', provavelmente algo de 400m de uma vez, uma subida ingreme em altitude, experiencia difícil mas válida.Chegamos a passagem, pudemos apreciar toda a montanha Salkantay, a montanha é tao grande que comeca nevada e acaba com um clima sub-tropical. Pudemos brincar um pouco com neve, fazer guerra e comer neve. Comecamos a descer, o clima foi mudando rapidamente, para uma mata fechada, lembrou muito o Brasil. A descida se mostrou muito mais difícil que a subida, meu joelho machucado de janeiro quando cai de moto se mostrou bem fraco na descida, mas nao tinha volta. Descemos de 4650m até 2800m aonde fizemos nosso acampamento em um lugar muito parecido com a ilha de Lost, a temperatura estava bem melhor, pudemos conhecer melhor Mikel e os chilenos, pessoal muito gente fina. Nesse dia andamos 21km no total.

3º Dia - Santa Tereza e as águas termais.
Acordamos como de costume bem cedo, as 5:30, as pernas estavam doendo um pouco, 2 dias sem tomar banho, estavamos no meio da trilha e ainda tinhamos metade da caminhada, esse dia seria um pouco fácil dizia o guia, mas nao para mim, pois era apenas descida e meu joelho estava meio dolorido, mas vamos nessa.Comecamos novamente a caminhada, logo a temperatura já nos pegou, estava bem mais quente estavamos descendo de 2800m a 1700m. A mata cada vez ficava mais densa e mais parecia o Brasil, nesse dia tivemos a oportunidade de comer muitas frutas, sendo uma delas uma tal de galtillas eu acho, que é um irmao do maracujá mas muito doce e que é muito saborosa. Continuamos nossa caminhada, foi bem rápido até a estrada, aonde pudemos molhar nossos pés no rio Huamantay que trás as águas do Salkantay, essa água sim era gelada, mesmo com todo calor 5 minutos com o pé dentro da água já congelava. Desse rio pegamos um carro até Santa Tereza, aonde já chegamos em nosso acampamento.
Esse dia é considerado o dia mais fácil, mas foi o dia que meus joelhos mais sentiram, o esquerdo tinha comecado a doer por causa da falta de equilibrio entre os dois joelhos.
Do acampamento fomos conhecer as águas termais de Santa Tereza. Depois de tanta caminhada entramos em uma piscina de água bem quente, parecia até um resort, cheio de gringos que estavam fazendo a trilha. Voltamos ao acampamento e ainda tivemos uma janta digna de trilheiros. A noite foi uma temperatura razoavel. A caminhada foi de 14km no dia.

4º Aguas Calientes - Avistamos finalmente nossa meta.Comecamos nossa caminhada ligeiros, esse dia pudemos acordar um pouco mais tarde, as 7:30. Fomos eu Laura e Mikel na frente, cruzamos o rio e algumas montanhas até chegarmos na estrada sentido a hidroelétrica, que era nosso ponto de parada. Almocamos em uma estacao aonde muitas pessoas podiam escolher ir de trem ou continuar caminhando, escolhemos ir caminhando pelos trilhos. Como sempre a natureza impressionava, com os pés cansados, os joelhos machucados, a caminhada pelos trilhos era difícil mas já conseguiamos avistar muito bem algumas ruínas de Machu Picchu e a montanha de Wayna Picchu. Estavamos em ritmo acelerado e chegamos no meio da tarde em Aguas Calientes. Sentamos na Plaza e logo encontramos nossos respectivos hostals. Trocamos de hostal pois nosso hostal estava muito mau, o chuveiro estava quebrado. Fomos descansar cedo para seguirmos a Machu Picchu.
5º Machu Picchu e Wayna Picchu
Bem cedo, mas bem cedo mesmo... Laura acordou as 3h para seguir para Machu Picchu andando, ou seja, subir 1900 degraus. Eu estava com muita dor no joelho e achei melhor ir de onibus. Nao fez muita diferenca afinal. Eu acordei as 4h para comprar as passagens de onibus e pegar o primeiro onibus para tentar subir o Wayna Picchu. Peguei o terceiro onibus e descobri que Edwin tinha dado o meu bilhete para Laura e que Laura já estava na fila para pegar o ticket para o Wayna. Laura pegou o ticket das 10h para ela e veio correndo me entregar o bilhete para entrar em Machu Picchu, tudo muito tenso, maior correria as 6h da manha. Cheguei na fila do Wayna e estava meu amigo Mikel de Espanha guardando fila para mim, logo que entrei na fila passou um senhor e me perguntou: 'Que horas vai subir?' eu disse que as 10h, e carimbou meu ticket e pronto, minha entrada ao Wayna estava garantida. O dia estava chuvoso e nublado.
Fizemos o tour por Machu Picchu com Edwin e com o grupo da trilha, depois pegamos a fila para registrar a entrada no Wayna.

Wayna Picchu
Comecamos nossa caminhada, um pouco cansados os dois por causa da trilha de vários dias, chegamos em um entroncamento, para esquerda 'Grande Caverna' e para a direita 'Wayna Picchu'. Falei para Laura que deveríamos ir sentido Grande Caverna já que Mikel tinha ido na frente e nao sabíamos a rota que tinha feito, disse tudo isso um pouco insconsciente, só tinha visto o mapa que dava pra chegar ao cume de Wayna pela rota da Grande Caverna.
Comecamos nossa caminhada, a paisagem era maravilhosa, me lembrava muito as trilhas da Serra do Mar, nesse momento estava chovendo. Logo reparamos que só estavamos descendo, e descendo e descendo, e escadas com degraus gigantescos. Depois de descermos muito, mas muito mesmo, chegamos a Grande Caverna, e tinhamos total nocao que estavamos muito longe do Wayna Picchu. Descansamos como uns 15 minutos e continuamos nossa caminhada para subir o Wayna, dessa vez tinha uma dificuldade, agora era só subida ingreme. Subimos, subimos, subimos e subimos muito, algumas partes super perigosas, se a pessoa tiver qualquer medo de altura nao é recomendado fazer o Wayna e muito menos o caminho da Grande Caverna, depois de muito esforco, chegamos ao cume do Wayna Picchu.
O que vimos... tudo branco... uma grande névoa. Perguntamos ao guarda do cume do Wayna se provavelmente saíria as névoas para conseguirmos ver Machu Picchu e ele nos disse 'Paciencia Chicos!' Esperamos uns 20 minutos e logo estava Machu Picchu a nossa frente, a caminhada tinha válido a pena. Logo comecamos nossa descida, estava chovendo bastante e a descida é ao meu ver foi muito perigosa, há umas escadas bem pequenas e estava tudo molhado e os joelhos ferrados e os pés doendo mas tudo bem, descemos em 25 min. Entramos para comecar o Wayna as 10:38 e saímos as 14:27. Quase 4 horas de caminhada.
Depois andamos mais um pouco em Machu Picchu e fomos embora.
Voltando a Aguas Calientes, descidimos comer uma comida cara, paramos em um restaurante que é alguma coisa assim 'La retama del Che', digo o nome pq nao recomendo a ninguém, comemos uma comida que estava com um gosto muito bom, um macarraozao até muito bem servido, mas infelizmente peguei uma diarréia daquelas muito FEROZ! Estou a 4 dias e ainda nao estou 100%, mas já estou melhorando.


*****

Recomendacoes:

-Se voce tem dúvida da sua saúde, nao pense em fazer a trilha de Salkantay.
-Se voce nao estiver aclimatado, nao pense em fazer a trilha de Salkantay.
-Se voce liga se os cozinheiros peguem sua comida com a mao, nao pense em fazer a trilha de Salkantay.
-Cuidado com a comida cara, da diarréia, viva a comida de 10 soles. Estou vivendo de comida confiável por 4 dias, ou seja, Mcdonalds.

Observacao:

Machu Picchu é fantástico, mas uma coisa eu notei... Que se pode juntar 2, 3 ou 200 nacoes, sendo elas Incas, Maias, Brasileiros ou o que for e todos podem construir alguma cidade, mas ainda nao vai superar a Montanha Nevada de Salkantaym, Salar de Uyuni ou a Floresta Amazonica.

A Natureza Divina.

domingo, 19 de julho de 2009

Cusco - A capital INCA.

Em Cusco chegamos em um Hostal pela madrugada, fomos direto pra cama. Logo que acordamos descobrimos que estavamos bem longe da Plaza de Armas, mas como ganhamos uma noite de graca no Hostal nao teve problema. Saímos por Cusco, o lugar é repleto de turista, o povo Peruano chega a ser minoria.
Cusco é fantástico, mas é um pouco caro, pagamos pela trilha de Salkantay, mudamos nosso roteiro, que iríamos fazer Choquequirao mas pensamos em poupar dinheiro para chegarmos ao Equador. E também compramos o bilhete que da acesso a vários lugares importantes na história Inca.Cusco está a 3300m acima do nível do mar, a temperatura é um pouco mais quente que Campos do Jordao. A comida é relativamente barata, pudemos comer peixe, frango, mcdonalds e etc.
Agora estamos nos preparando para a trilha que sai as 4h da manha, ou seja, daqui umas 6h.
Uma história que aconteceu aqui, que como é um lugar turístico Inca eu e Laura fomos em várias agencias de turismo, e em muitas vimos 'Ayahuasca y San Pedro' , sim meus amigos, aqui se vende Ayahusca infelizmente, perguntamos o preco em uma, tinha flyer e tudo mais, Ayahuasca a U$270,00, sim, duzentos e setenta doláres, com direito a tres xamas pra voce. Estou citando essa infeliz história de algo que esta sendo banalizado aqui.

De resto até aqui vai tudo bem. Logo escreverei sobre a trilha.

Respostas e perguntas dos comentários.
Clarissa: quanto voces pagaram nesse juliet tours ? pelo visto, recomenda né ?
Pagamos U$105,00 por pessoa com passagem de Potosi a Uyuni e Hostal em Uyuni incluído. Recomendo completamente, mas tem que ser com a Nena e o Ruben.

Finalmente PERU!

Finalmente chegamos ao Peru, vimos de onibus e paramos em Puno, cidade que peruana que também tem o Titikaka.
Logo que chegamos saímos direto para o passeio de barco pelo lago Titikaka, logo que entramos no barco já reparamos como o turismo é bem mais comodo no Peru, as poltronas do barco eram reclináveis e o guia realmente era um guia.
Nas Islas Flotantes verdadeiras no Peru pudemos apreciar aonde vive o povo, o lugar é cercado de islas flotantes aonde moram pessoas.
Depois voltamos a Puno aonde pudemos ver a diferenca entre a Bolívia e o Peru. O Peru investe muito mais em turismo, pode usar VISA, MASTERCARD e etc. Comemos uma Pizza e voltamos para a rodoviária para pegar o bus para Cusco.

O onibus, foi o pior de todos, pegamos um busao cheio de turistas, o problema é que o onibus parecia aviao, devia ter umas 56 cadeiras, o motorista dirigia muito mau, e a viagem parecia uma constante descida, finalmente chegamos em Cusco, inteiros, as 5h da manha.

Copacabana - Rio de Janeiro???

Nao meus amigos, nao é o Rio de Janeiro. Copacabana é uma cidade na Bolívia aonde esta o famoso lago TITIKAKA.
O lugar realmente é fantástico, o lago esta a 3800m acima do nível do mar e parece um grande mar mesmo.
Copacabana é uma cidade pequena, pudemos comer muita TRUCHA(truta) e também tivemos oportunidade de participar da festa do bicentenario da independencia da Bolívia na plaza principal.
Fomos a Isla del Sol também, a ilha fica a 1 hora de viagem de Copacabana. O lugar também é bonito, mas para os mais preguicosos nao é recomendado, pois faz uma trilha de 12km em altitude de 4000m acima do nível do mar. O problema nao é só andar 12km, o problema está em andar isso em 2 horas e 30 minutos, mas vale a pena a visao do Titikaka.Depois voltando de barco, paramos em uma ISLA FLOTANTE, senhores... a Isla Flotante da Bolívia é FAKE(de mentira), nao paguem para ir a uma ilha que diz ser Inca e que tem uma igreja católica nela. SIM! Uma igreja católica.Recomendacoes da Isla del Sol:
- Filtro Solar!
- Eles avisam que o passeio é apenas Bs20,00, mas chegando lá vai gastar mais Bs20,00 como se fosse um pedágio na trilha. Muitos turistas ficaram indignados com isso.
- Se tiver problema de respiracao por causa do Sorochi(altitude), nao vá.
- A volta é fria.

Pegamos um pacote de viagem até Cusco que parava em Puno e também iámos a Isla Flotante, total de Bs130,00.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

La Paz - A procura de Evo Morales

La Paz, a capital que nao é capital.
Chegamos e pegamos um taxi direto ao Hostal Señorial, show de bola, depois de 5 dias sem tomar banho e com temperatura baixíssimas, chegamos a um lugar com água caliente de verdade e camas de qualidade por apenas Bs 30,00. Tomamos algum café e descidimos lavar roupas e nao fazer nada.
Por sinal essa semana esta sendo comemorada o bicentenário da independência da Bolívia. Vimos algumas pequenas festas e banda militares tocando na praca principal. Agora só estamos enrolando para ir a Tiwanaku e depois seguirmos para Cusco.Fizemos também uma troca por motivo de tempo, nao faremos mais a trilha de 9 dias a choquequirao, agora só vamos para Machu Picchu com direito a passar pelo monte Salkantay e também tentaremos ir até o Equador.

Tivemos um pequeno problema que tivemos que chamar a polícia. Assim que chegamos fomos a uma cabine telefônica ligar para o Brasil e para Espanha, chegamos e perguntamos ao recepcionista quanto era o minuto para os dois países. Disse ao Brasil Bs 0,80 e Espanha Bs 1,00. Entao falamos algo em torno de 10 minutos, quando terminamos nos disse que era Bs 44,00 tudo. Falamos que iamos pagar 10 bolivianos, chamamos a polícia e o cara se embananou inteiro na frente da polícia, e acabamos pagando Bs 20,00 apenas e o cara ainda tomou um chingo da polícia. Por sinal a polícia aqui pareceu ser mais útil que no Brasil, resolveu o caso na hora.
La Paz é grande mas é sussa, todos aqui gostam do Evo, hoje descobri aonde o Evo fica, mas acho que nao vou conseguir me encontrar com ele. RS!

Viva Bolivia, Viva La Paz..****

Algumas dúvidas a serem respondidas.
O frio de Uyuni é cabuloso, pegamos -15ºC.
Compramos roupas de lhamas, sao super quentes, eu usei em Uyuni apenas uma camiseta, o fleece e a jaqueta inca, por baixo das calcas usei uma segunda pele de la que comprei em Potosi por apenas Bs 25,00.
O Sorochi felizmente nao nos pegou, nem eu e nem a Laura, mas vimos muitas pessoas passando muito mau pelo ar-rarefeito. Nao tivemos problemas de saúde.
As estradas na maioria sao de terra, e os onibus sao todos preparados para andar na terra. Paradas sao punk para o povo que se importa com banheiro limpo.


Agora um comentário!!
Estava ontem sentado na privada e me veio a seguinte frase para escrever aqui.

Se quer vir a Bolívia e conhecer Uyuni, primeiro examine seu dia, se você reclama uma vez apenas, está bem coseguirá aguentar toda a viagem. Se reclamar duas vezes em um dia apenas, fique em casa, com o cobertor e sua família, será bem mais proveitoso.

Altitude + frio requer boa vontade e agradecimento.

sábado, 11 de julho de 2009

Salar de Uyuni

1º Dia - O Salar de Uyuni
Tomamos o 'desayuno' bem cedo e já fomos a plaza central de Uyuni aonde pudemos encontrar com Juliet de novo e nosso grupo para ir ao Salar Uyuni.
Nosso grupo ao Salar era: Vinícius, Laura, Ricardo, Regiane, João e Gerda, todos brasileiros. Nosso carro era um Toyota Land Cruiser e nosso piloto senhor Ruben e nossa cozinheira senhora Nena.
Saímos as 11h sentido ao Cemitério de Trens. No cemitério, vimos apenas os trens se decompondo e já seguimos direto ao Salar.
Antes de chegar ao Salar paramos em um vilarejo aonde havia alguns 'Museos de sal'.
Chegando ao Salar, lugar fantástico, só se ve por muitos e muitos quilómetros uma planícia branca, é como se fosse outro planeta.
Paramos em Isla del Pescado, aonde pudemos apreciar alguns cactos gigantes, alguns com até 12 metros. Comemos um almoço show que a Nena fez para a gente e continuamos nossa viagem até nossa hospedagem no meio do Salar, um hotel de Sal!!!!Assim que chegamos dava pra sentir o frio, já devia estar em 0ºC, nos acomodamos e depois saímos para fazer umas fotos. Naquela noite chegou fácil aos -10ºC. Passamos a noite, alguns compatriotas passaram mau, muito mau por causa do Sorochi.2º Dia - Desertos, Vulcões e a Laguna Colorada
No segundo dia acordamos bem cedo com um 'desayuno' muito bom feito pela Nena. Saímos sentido as Cordilheiras dos Andes, podemos ver montanhas gigantescas e desertos de areia. Também vimos alguns vulcões e a pedra em formato de árvore. Chegamos a Laguna Colorada aonde faríamos nosso repouso. Logo que chegamos deu pra sentir a temperatura, algo em torno de 0ºC as 16:30 da tarde. Fizemos algumas fotos e brincamos na água congelada da Laguna, o pôr-do-sol fantástico e quando a noite caiu, sai para dar uma volta fora da hospedagem, a temperatura provavelmente estava em -15ºC mas valeu a pena, o céu mais estrelado que já vi na minha vida. Dormimos e nossos amigos compatriotas passaram um pouco mau de noite também por causa do Sorochi.3º Dia - Geissers, Chile e a volta para Uyuni.
Acordamos bem cedo, estava um frio de lascar, tomamos nosso desayuno e já saimos a procura dos Geissers. Chegamos rápido e pudemos ver atividade vulcânica, os geissers soltavam muita fumaça de enxofre, lugar fantástico, e não esperavamos ser tão legal. Também vimos águas têrmais pela redondeza, aonde tinha muitos turistas se banhando, detalhe que a água estava a 33ºc e fora da água estava algo em torno de -12ºC.
Seguimos adiante e chegamos na fronteira do Chile, aonde pudemos pisar em território chileno e deixar nossos amigos Ricardo e Regiane. Seguimos a viagem, até Uyuni.

Chegamos a Uyuni e estamos embarcando para La Paz, agora será 12h de viagem de ônibus com calefação e leito, assim espero.

Detalhe! Estamos a 4 dias sem tomar banho... o frio é demais e os banhos aqui de água caliente não tem nada.

O Salar de Uyuni é fantástico, mas é preciso colhões e uma saúde integra para fazer tal passeio.

*****

Quanto as fotos, eu vou publicar logo mais, mas ainda não tive a oportunidade de descarregar a camêra.

Cidade de Uyuni

Chegando a Uyuni as 19h, a estrada foi fantástica, meio perigosa mas fantástica. Logo que chegamos encontramos com Juliet da Juliet Tours que nos levou ao Hostal Residencial Cabaña. A temperatura estava baixa, algo em torno de 5ºC positivos. Em Uyuni não fizemos nada demais, havia muitos turistas com o passeio para o Salar de Uyuni marcado para o outro dia.

Potosi - Hoja no es droga!

Chegamos em Potosi finalmente, estamos a 4060m de altitude. Assim que chegamos ja sentimos os efeitos do 'Sorochi' ou ar rarefeito. Comecamos a caminhar pela cidade e logo ja estavamos cansados, pedimos um taxi para o centro da cidade, percebemos tambem o frio que fazia, naquela noite mesmo pegamos temperaturas negativas, provavelmente algo em torno de -5ºC. De manha fomos ao mercado municipal, aonde pudemos conhecer a famosa folha de coca, em todo lugar estava vendendo a Bs5,00. Compramos e depois fomos tomar um chá de folha de coca, por sinal 50 vezes melhor que o café brasileiro. Fomos a algumas agências de turismo para vermos os passeios a 'Mina de Plata' e para Uyuni.A mina de prata...
Saímos as 14h com um guia para as minas de prata, essa mina situada em Potosi ainda esta ativa com todos os trabalhadores dentro.
Assim que pegamos o autobus para a mina, paramos no mercado do minerador, aonde podemos apreciar como mascar a folha de coca e também sabemos que podemos comprar dinamite por poucos bolivianos a vontade próximo a mina. Compramos apenas refrigerantes e folha de coca para os mineradores.
Adentramos a mina, logo vimos a grande dificuldade de trabalho, havia muitos mineradores passando com carrinhos pelos trilhos, exatamente como filmes. Andamos cerca de 300 metros e o nosso guia pediu que subissemos por um buraco realmente estranho, ou seja, subimos um andar na mina e continuamos entrando em pequenas valas. Em uma hora tivemos que praticamente escalar a parede. Nessa hora eu fui com tudo segurar uma rocha que acabou saindo na minha mão, cai cerca de 3 metros mas não houve ferimento. Continuamos adentrando a mina, grande dificuldade do percurso, lugar muito escuro, trabalhadores. Sim, os trabalhadores, conhecemos San Pablo, um senhor que trabalha a mais de 30 anos na mina, muito símpatico, demos folha de coca e refrigerante para os mesmo, e nos apresentou seus trabalhodores, sendo dois deles seu filho e sua filha.Logo depois retornamos pelo mesmo caminho e saímos da mina.

Quanto a mina, extremamente interessante e também extremamente difícil, não pela caminhada dentro, e sim pelas condições de trabalho. O passeio vale a pena.

Voltamos ao centro de Potosi e fechamos um pacote para o Salar de Uyuni, conseguimos encontrar uma agência bem profissional que nos fechou o pacote a U$105,00 cada com a passagem de Potosi a Uyuni e também hotel incluido com calefação e água caliente.

Dormimos mais uma noite em Potosi e também tomamos mais chá de folha de coca pela manhã.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Sucre

Chegamos finalmente a Sucre, capital administrativa da Bolívia. Viemos de Santa Cruz por aviao, que por sinal foi muito confortável e a viagem só durou 25 minutos.

Logo que chegamos percebemos que em Santa Cruz estava com 30ºC e em Sucre esta a 18ºC. Em Santa Cruz tudo era muito plano, em Sucre é bem montanhoso, e deu para perceber as casas também sem acabamentos para nao pagarem mais impostos.

Rachamos um taxi com Luiza e Julio para o centro de Sucre, ficamos em uma pousada de playboy chamado Hostal San Francisco.
Logo que começamos a andar pela cidade já deu para perceber a diferença com Santa Cruz, em Sucre provavelmente por ser a capital tem muitas pessoas pedindo dinheiro na rua e nao encontramos muitos turistas, apenas nos hostals. A cidade tem muitos prédios turísticos, e o céu esteve todo o tempo sem nenhuma núvem. Caminhamos bem pela cidade e compramos nossas roupas de frio, um gorro aqui saiu apenas por Bs15, que é como R$4,00.Tivemos a oportunidade de comer o prato mais famoso da Bolívia, o famoso Pollo, ou frango. Pagamos também muito barato pela comida aqui.

Quando acordamos, procuramos algum lugar para tomar café, quando vimos estavamos dentro de um mercado municipal, que vendia desde cabeça de porco até sucos estranhos. Sentamos em uma mesa e pedimos o que as pessoas estavam pedindo, ou seja, pastel e algo chamado tojilo(talvez) que era algo feito com leite e milho, tomamos um gole e sumimos, o gosto era muito estranho. O mercado foi a coisa mais boliviano que vi até agora.Estamos agora caminhando pela cidade e vendo os prédios antigos, já saímos do hostal e estamos indo para Potosí conhecer a mina de prata. Vamos de taxi ou ônibus.

Hasta la vista!

domingo, 5 de julho de 2009

Santa Cruz - Bolivia

Chegamos a estaçao de Santa Cruz, lugar muito estranho, tinha muita gente na estaçao, muitos com a máscara com o medo de pegarem a gripe suína. Encontramos novamente nossos amigos Luiza e seu namorado vulgo 'Meu Namorado', iam ficar em um hotel de luxo e tentar comprar as passagens de aviao. Conseguimos pegar um Taxi com um maluco chamado Edson, era muito engraçado, nos levou até o aeroporto aonde compramos os bilhetes para Sucre.
Voltando para o centro de Santa Cruz, paramos em alguns Hostels, conseguimos encontrar um bem barato chamado 'Alojamento Santa Barbara' e cheio de mochileiros por Bs25 cada um, muito barato. Saimos com nosso dolar cambiado a U$1,00 por Bs7,00. Estavamos praticamente ricos, comemos em todos os lugares de playboy. Almoçamos comida cubana e comemos sorvete de rico. E adivinhe, encontramos nossos amigos novamente Luiza e seu namorado vulgo 'Meu Namorado', mas dessa vez eu perguntei o nome dele, entao agora é o vulgo Julio. A cidade de Santa Cruz é bem interessante e gigante, mas já gastamos muito por aqui.

Agora vamos almoçar no Burger King e vamos para o aeroporto pegar o aviao.Hasta la vista!

O TREM DA MORTE!!!

Embarcamos no Trem da Morte as 12:45 conforme combinado, compramos os bilhetes para o vagao mais barato.

Logo que entramos, vimos que os únicos estrangeiros naquele vagao eramos eu e Laura, nos sentamos em uma poltrona nº15 com uma janela gigante. O trem começou a andar e todos falando em espanhol, o trem nao estava nada lotado.

Chegamos a próxima estaçao, e descobrimos uma coisa muito importante, que a Laura além de nao saber contar dinheiro, também nao sabe ler. A passagem dizia poltrona 14, quando chegamos na tal poltrona 14 descobrimos que praticamente nao tinha janela. Eu e Laura ficamos decepcionados por nao ter janela e viajarmos várias horas sem ver a paisagem. Entao tive a idéia de negociar o lugar com o Boliviano que estava na 15, foi muito simpático e aceitou Bs50,00 para sentarmos na janela, com certeza valeu muito a pena.

O trem continuando sua viagem muito tranquila, e a cada minuto percebíamos que o trem que diziam ser muito perigoso era muito sussegado, todos os bolivianos muito simpaticos e o trem era muito familiar, estavamos cercados por crianças bolivianas que brincavam muito e tudo se demonstrou de uma forma bem pacífica.Percebemos na segunda estaçao que o trem era a forma de muitas pessoas ganharem dinheiro. O que mais tinha no trem era vendedores. Nota-se que o trem muitas vezes é a unica forma de ganhar a vida para 90% daqueles vendedores. Quando passavamos em alguma estaçao, sempre entrava várias crianças no trem vendendo Limonada fria, Pollo frito, Cafe Caliente, Soda e Água. Mas isso aconteceu por todas as 23 horas de trem. Comemos um pastel em uma cidade que todas as pessoas desciam do trem, e também tomei uma Coca-Cola, que por sinal tem um gosto diferente da do Brasil, mas da para notar a mesma fórmula, tomamos um café que tinha gosto de ralo, a Laura gostou mas eu achei muito ruim, e comprei um chocolate que era barato e bom.

Sobre as pessoas no trem, conhemos muitas crianças, como o pequeno Osman e a Sheila, irmaos de 2 e 6 anos, estavam indo para Santa Cruz com seus pais. E teve o Miro, um garoto um pouco gordeto, devia ter 10 anos, ficava me encarando mas toda vez que falavamos com ele umas 20 frases, ele nao respondia e sumia por debaixo da poltrona, miro foi muito engraçado algumas vezes. Teve também meu amigo de janela, que foi muito engraçado, parecia que falava comigo em espanhol, a Laura me disse que estava falando um portonhol comigo. Mas resumindo, nota 10 para o povo Boliviano, todos muito simpaticos e em nenhum momento me senti inseguro no trem.

Teve um momento no trem que avisaram que o ficariamos parado por 3 horas, pois um trem de carga havia descarrilhado, chegamos a uma pequena estaçao no meio do nada chamada Aguas Calientes, nessa estaçao nao tinha nada mesmo, só alguns garotos, e Laura dizia "A diversao aqui é subir no trem de carga", pois tinha um trem ao lado que estava todo mundo em cima dele.

O único problema que tivemos nessa viagem foi a poltrona. Depois de 23 horas, minha bunda ficou quadrada, e a Laura disse que a bunda dela ficou triangular. Mas acabou que isso nao importou muito, a paisagem era maravilhosa, as pessoas muito simpáticas e a visao sobre a Bolivia mudou muito por ali, país fantástico, sem dúvida já valeu muito a pena só por isso.